segunda-feira, 4 de novembro de 2013

Artigo no Comporte-se

Como eu já postei aqui no blog, sou colunista do site Comporte-se: psicologia científica. No último dia 28, saiu meu primeiro artigo no site, intitulado "A Causalidade do Comportamento Verbal desde as Operações Estabelecedoras até o Comportamento Não Verbal: Breves Comentários", e caso haja interesse, você pode ler no link abaixo:

http://www.comportese.com/2013/10/a-causalidade-do-comportamento-verbal.html

terça-feira, 22 de outubro de 2013

Resenha crítica de The Behavior Of Organisms

Eu tive mais uma resenha crítica publicada no site (EN)Cena. Dessa vez, referente ao primeiro livro do Skinner, The Behavior Of Organisms, de 1938.
Quem quiser ler a resenha, é só acessar este link.


domingo, 13 de outubro de 2013

ACBr: Representante Estudantil

Como vocês sabem, a Associação Brasileira de Análise do Comportamento (ACBr) está fundada. Agora, eles estão à procura da primeira equipe gestora da Associação. Essa equipe será formada através de votação por parte dos inscritos. Para quem quer saber mais como funcionará o processo, aconselho a ler o Estatuto, fazendo download do mesmo na versão com ou sem quadros explicativos neste link
Enfim, essa postagem se destina a comunicar que o meu nome está na lista dos nomes que podem ser indicados como possíveis representantes estudantis (aqueles associados que comprovaram matrícula em graduação ou pós-graduação). Cada um de nós poderá indicar 4 nomes. Eu gostaria de pedir que os inscritos indicassem meu nome como uma das possibilidades. Mas não peço em vão. Peço porque sempre lutei por aquilo que amo, a Análise do Comportamento e o Behaviorismo Radical. Também sempre defendi sua aplicabilidade, sua filosofia e sua prática enquanto ciência, tanto dentro (principalmente) como fora do ambiente da academia, buscando sempre disseminar e dar mais força a essa ciência do comportamento.
Sou acadêmico do curso de Psicologia no Centro Universitário Cesumar (UniCesumar – Maringá – PR) e pós-graduando em Psicoterapia Cognitivo-Comportamental e Análise do Comportamento pelo Núcleo de Educação Continuada do Paraná (NECPAR – Maringá – PR). Ocupo, há dois anos, o cargo de Monitor Teórico da disciplina de Psicologia Experimental e também sou auxiliar bioterista no Laboratório de Psicologia Experimental da instituição, pesando e marcando as caudas dos nossos queridos ratos albinos (com caneta de ponta macia, obviamente! Nenhum deles sofre qualquer tipo de sofrimento desnecessário!). 
As principais áreas que tenho interesse são Comportamento Verbal (a qual dedico horas e mais horas de estudo semanal), Psicoterapia Analítica Funcional, Psicologia Forense, Agências Controladoras do Comportamento e os Efeitos Colaterais do Controle Aversivo, se for pra nomear algumas. 
No dia 23 de setembro, recebi um e-mail apontando que meu artigo intitulado "A causalidade do comportamento verbal desde as operações estabelecedoras até o comportamento não verbal: breves comentários" foi aprovado e fui selecionado como um dos novos colunistas do site Comporte-se: Psicologia Científica, onde buscarei defender e disseminar o poder da Análise do Comportamento por mais uma via.
Meu trabalho de iniciação científica foi sobre agências controladoras do comportamento e teve como título "Agências Controladoras do Comportamento e Liberdade: Como a relação entre ambos repercute no comportamento sexual do homem contemporâneo", escrito em parceria com uma amiga, hoje já graduada e com orientador doutorando e co-orientadora mestre (ambos trabalham com a abordagem comportamental).
Além de ter algumas resenhas críticas de livros do Skinner (O Comportamento Verbal; Ciência e Comportamento Humano; e The Behavior Of Organisms) publicadas no site (EN)Cena, já apresentei alguns trabalhos em congressos com caráter tanto regional como nacional, sempre disseminando e apontando a força que a Análise do Comportamento já tem e que vem ganhando conforme o passar do tempo. Dentre os trabalhos mais bacanas que apresentei estão "Comportamento Verbal: Uma introdução para estudantes de Psicologia e Behavioristas Iniciantes" apresentado na JAC da Universidade Estadual de Londrina (UEL); o trabalho intitulado "Alguns mecanismos de defesa freudianos sob o olhar do Behaviorismo Radical de Skinner" apresentado no I Encontro Sul Brasileiro e VII Encontro Paranaense de Análise do Comportamento ocorrido em Curitiba na Universidade Positivo; além do trabalho que apresentei na própria UniCesumar, no III Encontro Regional de Psicologia, intitulado "As implicações do comportamento verbal no contexto clínico analítico-comportamental", que teve sua origem em outra pesquisa, intitulada "A Influência do Comportamento Verbal na Relação Terapêutica da FAP", que está para ser concluída. Também estou com outros projetos que apontam a aplicabilidade e defendem a filosofia da Análise do Comportamento.
Creio que a possibilidade de ser indicado como o Representante Estudantil da ACBr já é um grande passo na minha carreira enquanto estudante e futuro Analista do Comportamento, mas a efetivação do meu nome como ocupante do cargo me dará muito mais força e voz para mostrar para meus pares e superiores e aqueles que ingressam para o mundo do entendimento do comportamento humano por uma via empírica e científica, que a Análise do Comportamento não só NÃO está morrendo, como apontam alguns professores da chamada "psicologia geral", como está cada vez mais viva e forte (não só no Brasil, mas no mundo), fazendo-se honrar todo o trabalho e obra de B. F. Skinner e outros grandes nomes da área.

Creio que o que tenho para dizer é isso, pelo menos de início. E que, mais do que tudo, a força da Análise do Comportamento e da ACBr se estabeleça cada vez mais, dando espaço para todos aqueles que se identificam com essa ciência e sua filosofia, o Behaviorismo Radical, independentemente de formação ou área de atuação.

ps.: se quiserem acesso ao meu ainda pequeno, mas valorizado currículo lattes, clique aqui.

sábado, 17 de agosto de 2013

Martha Hübner: "Por que apoio a ACBr?"

Martha Hübner, eu seu Facebook, deu a seguinte explicação do porquê apoia a criação da Associação Brasileira de Análise do Comportamento. Segue abaixo:

Considerações iniciais:

1) Fui presidente da ABPMC por quatro anos (de 2008 a 2011) e membro das diretorias dos presidentes Rachel Kerbauy e Hélio Guilhardi. Portanto, sou inteiramente comprometida com a ABPMC; não apenas grata e associada (quites, inclusive), mas comprometida e defensora de seus avanços. Sendo assim, qualquer proposta que eu apoie, no âmbito da Análise do Comportamento, não será contra a ABPMC. Enquanto presidente, sempre fui coerente com seus objetivos e todos os representantes dos diversos behaviorismos foram sempre muito bem acolhidos.
2) Fui presidente também da SBP, por quatro anos, e continuo apoiando seus congressos e eventos, levando a Análise do Comportamento aos seus programas científicos e publicando em suas revistas. Enquanto presidente, coerentemente com seus objetivos, todas as propostas em Psicologia científica de qualidade, independentemente das abordagens teóricas, foram sempre aprovadas em seus programas científicos.
3) Sou sócia da SBPC e via a SBP e ABPMC (associações científicas afiliadas) apresento trabalhos e conferências, quando convidada, no propósito de disseminar a ciência da Análise do Comportamento.
Sendo assim:
- Razão 1 para a ACBR existir: vejo a ACBr como um fórum mais específico, que se somará à ABPMC no avanço e disseminação da Análise do Comportamento . Para não dividir a área (em termos de esforços financeiros e físicos, porque divisões teóricas, epistemológicas e conceituais já existem) e evitando aumentar os custos de respostas, que poderiam inviabilizar a defesa da ciência da Análise do Comportamento, a ACBr se propõe a realizar seus encontros exatamente junto aos da ABPMC, com programação paralela , exclusiva de Análise do Comportamento, Isto só não ocorrerá se houver recusa da própria ABPMC (o que parece inviável, dado que seu atual presidente já saudou a iniciativa e já abriu espaço para a ACBr no próximo congresso da ABPMC; o atendimento a esse positivo convite se viabilizará assim que a ACBr for oficialmente registrada). Nesse ponto, só a prática e o tempo confirmarão esse compromisso. E nesse momento, o que a comunidade de analistas do comportamento pode fazer é confiar em seus idealizadores e na comissão provisória que constrói os estatutos da ACBr e ajudar a manejar as contingências sociais para que essa prática cultural se mantenha coadunada com seus planos originais.
Razão 2 para a ACBR existir : Tenho tido experiências internacionais intensas em relação à Análise do Comportamento, tendo ensinado Análise do Comportamento na Jordânia, Espanha, Argentina, Portugal e representado internacionalmente a comunidade de analistas do comportamento não americana junto ao Conselho Executivo da ABAI (Association for Behavior Analysis International – ABAI ). Tal experiência tem me colocado em contato com o desenvolvimento da área na Europa, Ásia, África, América Latina e América do Norte, conhecimento esse que me permite, juntamente com outros líderes da área, como João Claudio Todorov, Roosevelt , Marcelo Benvenuti, Marcio Borges Moreira, facilmente prever que o ambiente da Análise do Comportamento está em franca mudança, que a Análise do Comportamento, coerentemente com o movimento científico mundial, se desenvolve rapidamente SEM FRONTEIRAS e que em menos de 30 anos os analistas do comportamento não serão apenas psicólogos e médicos, e a ANÁLISE DO COMPORTAMENTO se configurará, a longo prazo, possivelmente como uma outra disciplina, uma outra profissão. Sendo assim, precisamos nos antecipar e a ACBr é idealizada com vistas a esse futuro que já bate fortemente à nossa porta. A ACBr vem para defender a ciência da Análise do Comportamento de vários movimentos, dentre eles: o da “ambição” descontrolada que uma possível ampliação de alcance profissional poderá trazer, defendendo o risco da extinção da ciência da Análise do Comportamento , dando lugar para um tecnicismo desatrelado da epistemologia e dos pilares da ciência básica e aplicada. E é preciso ter coragem para dar o primeiro passo na direção de uma mudança ( como a ACBr), porque, como diz Todorov, esperar que todo o grupo concorde, pode levar ao imobilismo e à extinção, diante de um ambiente em franca mudança. E quando acordarmos, o Análise do Comportamento poderá ter desaparecido, ficando em seu lugar equívocos como “método ABA”, “zen-budismo”, “dialética”, “terapia tranpessoal” e outros assemelhados. 

Razão 3 para a ACBR existir : as representações de política científica , educacional, de saúde, etc, não têm sido o forte da ABPMC e a ACBr vem para cumprir 365 dias por ano esse papel de modo mais contundente e constante. Embora na minha gestão na ABPMC ( 2008 a 2011) eu tenha realizado ações nesse sentido (defendi, enquanto presidente da ABPMC, a Análise do Comportamento contra ataques dos psicanalistas; contra charlatanismos, contra equívocos no ENADE, na mídia, etc..), é raro ver a ABPMC se manifestar ao longo desses 22 anos. E é fácil entender porque: seus objetivos e práticas não estão nessa direção. E, além disso, é preciso estar alerta em 365 dias por ano e com um estatuto e com uma estrutura diretiva e consultiva que assim o permita. A ACBr se propõe a fazer este trabalho, 100% do tempo.

Razão 4 para a ACBR existir: as políticas governamentais de acompanhamento e avaliação da ensino superior de graduação na áreas que envolvem Psicologia, Administração, Fonoaudiologia, Fisioterapia, Terapia Ocupacional, dentre outras em que a Análise do Comportamento possa ser ensinada via disciplinas como “Psicologia”ou “Aprendizagem”, por exemplo, está muito aquém do que foi na época em que a saudosa e estimada Carolina Bori liderava os sistemas de avaliação de ensino de graduação junto ao MEC e SESU. A avaliação do ensino de Análise do Comportamento na graduação está decadente, descuidada e os avaliadores sugeridos pelos órgãos avaliadores muitas vezes estão sem nenhum preparo para avaliar como a ciência da Análise do Comportamento vem sendo ensinada nos cursos de graduação. A ACBr vem para isso: para viabilizar ações políticas e técnicas que analisem e desenvolvam a melhoria da qualidade do ensino de Análise do Comportamento no Brasil na graduação, especialização e pós graduação. 

Razão 5 para a ACBR existir: desfazendo um equívoco: muitos estão pensando erroneamente que os idealizadores da ACBr estão preocupado com certificação e que a ACBr vem para isso. ERRADO. A preocupação com a necessidade de certificação existe e desde 2010 criei espaço na ABPMC para essa discussão, trazendo experiências de outras áreas ( como a Medicina) e de outros países ( Glenn veio expor sua análise sobre o que ocorre nos EUA ) . Além disso, Roosevelt vem estudando o assunto desde o início desse século. Sendo assim, é natural pensar que queremos uma associação só para isso, já que temos liderado a discussão no país sobre o assunto. ENGANO. Queremos discutir a questão e realizar esforços junto com a comunidade. No início desse ano, convidamos um grupo informal de lideranças na área para discutir o assunto - 16 de março- ( em que estavam J.C. Todorov, Martha Hübner, Roosevelt Starling – os três que convidaram para a reunião - Verônica Bender, Vera Otero, Roberto Banaco, Regina Wilenska, Maly Delitti; Deisy das graças de Souza, Hélio Guilhardi, Sonia Meyer, Celso Goyos, dentre outros, foram convidados mas não puderam comparecer ). Naquela reunião concordamos que a ABPMC coordenaria esse movimento e que Todorov nomearia uma comissão para iniciar os trabalhos de discussão e viabilização do tema; em Campinas, no início de maio, no congresso do ITCR e IAAC, promovido por Helio Guilhardi e Patrícia Piazzon, Vera Otero e eu reapresentamos o tema e os resumos dessa nossa discussão e a reação da audiência foi muito negativa: discordaram que fosse o momento de pensarmos nisso e discordaram que a ABPMC coordenasse o movimento. A ACBr poderá contribuir para a elaboração de critérios de certificação. O processo de concretização da certificação de analistas do comportamento no Brasil só está começando e se uma associação coordenará ou não todo o processo é um assunto que só poderá ser concluído com o maior número possível de membros da comunidade de Analistas do Comportamento no Brasil. Isso ainda não aconteceu e a ACBr não vem para acelerar ou atropelar esse processo.
Hoje apresento cinco razões para a ACBr existir. Se precisar, amanhã apresento ainda mais.
Um abraço a todos.
Martha Hübner

sábado, 10 de agosto de 2013

Breve resposta ao SUPOSTO "declínio" da Análise do Comportamento

Como, infelizmente, não foram todos que tiveram acesso à apresentação do meu trabalho no III Encontro Regional de Psicologia, deixo aqui as (poucas e mais óbvias) 5 razões que mostrei que evideciam que a Análise do Comportamento NÃO está em decadência como disse, em sua palestra, o Prof. Oswaldo H. Yamamoto, a quem tenho grande respeito, pelo simples reconhecimento de que Skinner é mal-compreendido e criticado erroneamente.

1) Alguns países que têm representantes e associações ligadas à ABAI (Association for Behavior Analysis International): Estados Unidos, Brasil, Colômbia, Espanha, Índia, Suíça, Albânia, Itália, França, Austrália, Irlanda, Bermudas, China, UK, Israel, Japão, Jordânia, Coréia do Sul, Nova Zelândia, Noruega, Canadá, Polônia, México, Suécia, Taiwan, África do Sul, etc. (fonte: www.abainternational.org)

2) Alguns temas trabalhados por essas Associações e pela ABAI: Comportamento animal; Autismo; Robótica (evidenciando o papel da AC na ENGENHARIA e também no DESIGN); Sociedades Sustentáveis (evidenciando o papel da AC na ARQUITETURA E URBANISMO e também no DESIGN); Comportamento Militar; Coaching; Gerontologia; Medicina Comportamental; Crimes, Delinquência e AC Forense; Prática baseada em Evidência; Análise Experimental do Comportamento Humano; Gambling; Saúde, Esporte e Fitness; História da AC; Neurociências; AC Organizacional; Orientação a pais e famílias; Transtornos Alimentares pediátricos; etc. (fonte: www.abainternational.org)

3) O Brasil tem que perder esse MITO de que a Análise do Comportamento é EXCLUSIVA a psicólogos. Existem arquitetos, engenheiros, designers (como o Alessandro Vieira dos Reis, do blog Olhar Comportamental), biólogos (como o William Baum) e muitos outros "não-psicólogos" que são behavioristas radicais.

4) O Brasil é o primeiro país a fazer as famosas Jornadas de Análise do Comportamento (JACs), evidenciando a força e o interesse no avanço e disseminação dessa ciência no nosso país.

5) O anúncio feito da criação da Associação Brasileira de Análise do Comportamento (ACBr) e a própria Associação Brasileira de Psicologia e Medicina Comportamental.

É ÓBVIO que existem muito mais razões pelas quais a AC e o Behaviorismo Radical estão cada vez mais fortes, entretanto, só sendo apontadas essas 5 razões para quem compra qualquer informação que é dita por alguém que tem títulos, já é um começo.


ps.: essas respostas foram "pesquisadas" com a internet 3G da tim, pois estava sem wireless. Então, realmente existem muito mais evidências de que nossa ciência não está em declínio como os psicólogos gostam de disseminar. As postagens anteriores, que são todas em função da criação da ACBr, mostram isso. Nós, no Brasil, somos a segunda maior comunidade de Analistas do Comportamento do PLANETA. Estamos atrás somente do berço: EUA.

quarta-feira, 7 de agosto de 2013

Anúncio encaminhado à SBP e ABPMC sobre a ACBr


A professora Martha Hübner publicou em sua página no Facebook o anúncio que foi encaminhado à SBP e à ABPMC sobre a criação da ACBr. Vejam abaixo:


ANÚNCIO

Os primeiros trabalhos de Análise do Comportamento no Brasil foram feitos na Universidade de São Paulo em 1961 e na Universidade de Brasília em 1964, publicados nos Estados Unidos e apresentados em reuniões da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência e da American Psychological Association. Encontros anuais de analistas do comportamento começam em 1971, na primeira reunião anual de psicologia da Sociedade de Psicologia de Ribeirão Preto (hoje Sociedade Brasileira de Psicologia). Apesar de maioria na direção e no número de trabalhos apresentados, analistas do comportamento preferiram fortalecer uma sociedade de psicologia, continuando a participar até hoje. Das reuniões de Ribeirão Preto originaram-se várias das associações atualmente ativas, como a ABRAPSO, por exemplo. Profissionais analistas do comportamento que frequentavam a SPRP fundaram a AMC (Associação de Modificação do Comportamento), depois Associação Brasileira de Análise do Comportamento, e eventualmente, há 22 anos, a ABPMC, Associação Brasileira de Psicoterapia e Medicina Comportamental, já então não exclusiva de analistas do comportamento. A ABPMC cresceu e se desenvolveu sem prejuízo para a SBP. Recentemente um grupo de analistas do comportamento, dentre os quais estão os que assinam este comunicado, divulgou na internet um chamado para adesões a uma nova associação, exclusivamente voltada para a análise do comportamento. Adesões rapidamente passaram de 200 e uma comissão provisória, que assina este comunicado, foi formada para elaborar uma minuta de estatutos. Não há intenção de competir, nem com a SBP, nem com a ABPMC. Em termos de abrangência, a ACBr estará contida no âmbito da ABPMC, assim como a ABPMC está contida no âmbito da SBP, e a SBP está contida no âmbito da SBPC. É nossa intenção programar reuniões coordenadas com as reuniões da ABPMC. Lembramos a todos que a força da análise do Comportamento em nosso País dependeu substancialmente da multiplicação de Jornadas de Análise do Comportamento, Ligas de Análise do Comportamento e outras iniciativas que envolveram a organização de eventos de grande sucesso para a divulgação da nossa ciência. Essas iniciativas não dividiram a área nem isolaram grupos; ao contrário fortaleceram enormemente a ABPMC ao invés de enfraquece-la, contribuindo para a difusão da Análise do Comportamento no Brasil e a maior visibilidade das contribuições de nossa comunidade no cenário mundial. Dada a repercussão gerada pela divulgação da proposta, decidimos fazer este comunicado às Diretorias e aos Conselhos da ABPMC e da SBP. Chegamos para fortalecer, para somar e multiplicar.São João del Rey (MG), São Paulo, (SP), Setauket (NY), Belém (PA), Brasília (DF) e Jataí (GO), 6 de agosto de 2013.

Roosevelt Starling
Martha Hubner
João Claudio Todorov
Marcelo Benvenuti
Marcelo Borges Henriques
Márcio Borges Moreira
Romariz Barros

domingo, 4 de agosto de 2013

O motivo pelo qual meu trabalho não foi aceito: um desabafo pessoal.

O meu trabalho intitulado "Algumas inferências teórico-filosóficas skinnerianas sobre Mecanismos de Defesa freudianos" não foi aprovado pela Comissão "científica" do III Encontro Regional de Psicologia que acontecerá no Centro Universitário Cesumar (UniCesumar), em Maringá (Paraná), dos dias 7 a 9 de agosto.
O motivo de ele não ter sido aprovado é que "as análises carecem de fundamentação científica". Eu achei isso estranho, pois apresentei um trabalho de mesmo tema (como vocês podem ver aqui) no I ESBAC e VII EPAC, em Curitiba, na Universidade Positivo. E nesse evento, meu trabalho foi avaliado pela Dra. Carolina Laurenti e APROVADO.
O que me deixa triste e revoltado é que a Comissão científica e meu curso se mostraram mais uma vez tendenciosos e pouco preocupados com o avanço da ciência que a Psicologia quer se tornar. Digo isso, pois a comissão (por isso científica entre aspas acima) é composta por 90% de professores psicanalíticos e não contém ao menos UM professor behaviorista (e a instituição tem analistas do comportamento de alto garbo lecionando).
Desde o primeiro ano da graduação ouço os rumores de como eventos e quaisquer novidades do meio comportamental são boicotados no meu curso. Já sofri perseguição em algumas disciplinas por ser declaradamente Behaviorista Radical. Skinneriano (isso não é uma "mania de perseguição". Muitas outras pessoas da minha sala perceberam a hostilidade dos professores em relação a mim).
Há muita coisa podre no meu curso (que eu não estou revelando aqui) e eu provavelmente vou encarar eventos muito aversivos por estar escrevendo isso aqui, caso alguém "da casa" de lá leia essa postagem. Mas chega de máscaras. Eu defendo a Análise do Comportamento, eu defendo a teoria skinneriana com todo meu coração, se me permitem o tato metafórico. O que é mais sério é que eu não sou palhaço e se me permitem me revelar: eu simplesmente detesto que subestimem minha inteligência.



Pela primeira vez pensei em mudar de instituição. Pedir transferência para a Universidade Estadual de Londrina seria uma ótima possibilidade. Entretanto, já estou no 4º ano e cursando a Pós-Graduação em Análise do Comportamento. Provavelmente me mudariam de ano e perderia o direito à pós. Não vale mais a pena.
Eu quero pedir desculpas aos eventuais leitores do blog porque essa postagem, acima de todas as outras, é inteiramente PESSOAL. Chega a ser um desabafo mesmo. Eu só consigo lamentar por uma instituição que tem uma estrutura física tão boa e invejada tenha um curso que se porte de maneira tão tendenciosa e contraproducente em relação aos saberes científicos (que não lhes interessam, obviamente). Enfim. São só mais quatro meses e os estágios do ano que vem. Vamos seguir firmes!

Uma das coisas mais lindas e valiosas que Skinner nos ensinou é a humildade. É uma pena que muitos profissionais (e até mesmo estudantes. E até mesmo estudantes behavioristas, o que me deixa mais triste...) não a tenham.

Minha luta pelo fortalecimento da Análise do Comportamento e da teoria skinneriana no Brasil não termina aqui. Seguirei os passos dos grandes. E espero um dia ter apenas metade do tamanho deles (se me permitem outros tatos metafóricos!). Lutarei com todas as minhas forças pelo que eu acredito e amo: a ciência do comportamento.

Citação de Skinner

"Eu tenho, acredito, feito bom uso de minhas análises do comportamento em conduzir minha própria vida, particularmente no meu próprio comportamento verbal. Podem os psicanalistas e os psicólogos cognitivistas e humanistas dizer o mesmo? Alguma vez Freud noticiou o uso de sua teoria para influenciar seu próprio pensamento?"

(Skinner, 1967)



Entrevista com Roosevelt Starling sobre a criação da ACBr realizada pelo Comporte-se

Segue abaixo, a entrevista que o site Comporte-se fez com o prof. Roosevelt Starling sobre a criação da Associação Brasileira de Análise do Comportamento (ACBr):


1) Quem são os proponentes da nova associação e por qual motivo não assinaram o e-mail de apresentação da proposta?

Neto, ao ler, primeiramente, todas as perguntas que me faz, é importante deixar claro que posso falar apenas de um ponto de vista estritamente pessoal, ou seja, o que digo aqui reflete apenas o meu entendimento pessoal e nada mais do que isso. Mesmo porque não existe um grupo, como tal organizado, do qual eu pudesse ser o porta-voz. O que temos são algumas pessoas com um propósito. O grupo virá depois, espero, e por certo terá o seu porta-voz.

Na sua introdução, você fala em carta “polêmica”. Não penso que seja. É somente um convite, uma sondagem, para saber se haveria interessados na constituição de uma associação de analistas do comportamento. Havia. Muitos. A polêmica surgiu depois, como um efeito perfeitamente natural e previsível, em função da complexidade e dos múltiplos interesses e convencimentos que coexistem em qualquer comunidade humana. 

Vamos à sua primeira pergunta. Vai lá alguém saber de bem sabido, no mar de contingências em que vivemos e no rio de estímulos em que navegamos, porque alguém fez o que fez. O comportamento é multideterminado e só numa caixa experimental podemos, penosamente e putativamente, isolar variáveis. Por mim, faz anos que tenho este sonho. Disse isso em Brasília, há anos atrás: I have a dream! Disse assim mesmo, em inglês, porque queria emprestar ao meu desiderato a força do célebre I have a dream! dito pelo inesquecível Martin Luther King (ocorre-me agora, com tremores, que ele pagou com a vida por isso...Ixi!). E o dream era esse: uma associação assumidamente analítico-comportamental. Porque? Por que temos uma identidade, um nome e propósito singulares dos quais me orgulho. A extraordinária ousadia de estudar o comportamento humano com as regras das ciências naturais me fascina. O que já conseguimos até hoje me fascina ainda mais. O que poderemos conseguir nos séculos que virão me fascina mais ainda. E não posso negar que fico mesmo incomodado com o que chamaria de uma espécie de “interdito” a uma associação com o claro nome analítico-comportamental. Parece que qualquer outro nome pode, menos esse. Então, transformo o Porque? retórico acima em Porque não?

I have a dream e houve a oportunidade, pelo apoio de vários, repito, vários colegas a essa ideia, lançada quase ao ar, quase como um “e se...”, num ambiente informal. Tanto a ideia quanto ao apoio daqueles colegas eram, é claro, uma resposta possível dada às contingências em ação. O número de colegas que aceitaram o convite, a consulta, a tomada de pulso, fazendo sua pré-adesão, empresta força a esta minha interpretação. Não são as pessoas. São as contingências. 

Foi nessa (relativa) informalidade que nasceu a carta convite. Ao enviar as cartas-convite que eu mesmo enviei, eu o fiz em meu próprio nome. Não estava escondido nem me escondendo. Martha e Todorov também assim fizeram, para todos, tanto quanto sei. Penso que a carta-convite propriamente dita não foi assinada porque não havia mesmo um autor privilegiado para assiná-la. Falamos, topamos, fizemos. Não somente nós três. Nós três somente chamamos a nós a tarefa do convite inicial e ao fazê-lo, é claro, assumimos publicamente nosso propósito comum. Particularmente, nunca fiz segredo deste meu desiderato, como disse acima. 

2) Que contingências contribuíram para o surgimento da proposta de criar de uma nova associação?

Para mim, como disse o Todorov, penso que foram 52 anos de tentativas para nos apresentarmos publicamente com a nossa própria identidade e singularidade, com nosso próprio rosto e aceitar o ônus e o bônus dessa assunção aberta, clara, transparente. Sei muito bem, na própria pele, dos preconceitos, da propaganda negativa, da desinformação que assombram aqueles que se declaram analistas do comportamento. Os tempos agora são mais suaves, mas não eram, a 30, 40 anos atrás. A hora é boa. Bem, respondo pelo que posso perceber dos meus controles. Quantos aos dos demais, só perguntando para eles. Mesmo assim, nos diz nossa ciência que dificilmente cada um de nós os conhece a todos. Ou diz todos que conhece. 

3) Entre as motivações para criação da ACBr existe algum tipo de insatisfação com a atual diretoria da ABPMC? 

Talvez aqui, na resposta a esta pergunta, me sinta à vontade para incluir o Todorov na minha resposta, mesmo porque ele já se pronunciou claramente sobre o assunto, na leva “epistolar” que se seguiu à carta-convite, amplamente divulgada na internet.

O atual presidente da ABPMC é o João Ilo, de Fortaleza, Ceará. A trajetória profissional e acadêmica do João Ilo é claramente analítico-comportamental. Acompanho o João Ilo há anos. Para mim, é um profissional sério e competente. O núcleo analítico-comportamental de qualidade irretocável que vai se desenvolvendo no Ceará tem o dedo dele e eu mesmo tive a honra de testemunhar pessoalmente, lá, em Fortaleza, uma das fases desse trabalho. João Ilo é uma pessoa de primeira classe. Pessoas de primeira classe agregam junto a si colaboradores de primeira classe. Acho que isto responde à sua pergunta, num sentido estrito. 

Num sentido mais amplo e impessoal, quaisquer insatisfações que possam ser pensadas com relação à atual diretoria eu não tenho dúvida em classifica-las como absurdas e preconceituosas. Faz poucos meses que este grupo assumiu a ABPMC. Assumiram corajosamente uma trabalheira infernal para prestar um serviço à nossa comunidade (ABPMC). Não ganham nada com isso, exceto dor de cabeça, como bem sabem todos aqueles que já assumiram esta responsabilidade. Mão na consciência, não é?

Para que não haja qualquer dúvida: não. Nenhuma. 

Nem com relação à ABPMC como tal. Sou afiliado a ela desde o seu começo, nestes 22 anos deixei de ir a somente um Encontro e pretendo ir, no futuro, a todos que puder. Aliás, fico pensando de onde, com que base, com que propósito, se algum, teria surgido a ideia de uma oposição: ou a ABPMC ou a ACBr. Eu fico com as duas. 

4) A nova associação atenderia a quais objetivos ou necessidades que a ABPMC já não atende?

Na minha maneira de ver, todas aquelas que dizem respeito às contingências específicas e singulares quanto ao avanço, aos interesses profissionais específicos, às singularidades e à disseminação da Análise do Comportamento no Brasil. Temos a SBP como o grande espaço de convergência da psicologia no nosso país. Temos na ABPMC nosso local de encontro privilegiado. E teremos a ACBr para tratar, 365 dias por ano, das especificidades da nossa ciência.

5) Que modelo de gestão a nova associação deverá adotar? Será semelhante ao que modelo de gestão da ABPMC? 

Ao fim e ao cabo, não faço ideia, porque esta será uma decisão do corpo pleno da ACBr, uma vez constituído. O que sei é que a ideia do estatuto preliminar, necessário para viabilizar a formalização da associação, terá como referência o sistema de gestão da ABAI, bastante diferente daquele que vem sendo a norma na ABPMC. Aqui a ideia é institucionalizar e assegurar ao máximo o caráter impessoal do sistema de escolha dos gestores. É assegurar ao máximo e dar prioridade à preservação da cultura que é a Análise do Comportamento. Eu acredito que é uma concepção de gestão que, se conseguirmos fazê-la funcionar, atenderá bem a esses propósitos. Mas será um estatuto preliminar. Qual será o estatuto finalmente aprovado pelos associados é uma questão aberta. Está no futuro. 

6) Como você avalia algumas previsões de que, ao invés de fortalecer politicamente a abordagem, a criação de uma nova associação a enfraquecerá?

E do futuro não saberás! Evidentemente, nós que aderimos a esta proposição, acreditamos que fortalecerá, é claro. O contrário disso seria absurdo. Os que por diversos motivos são contra pensam, é claro, que enfraquecerá. Nem uns nem outros sabem com segurança o que o futuro mostrará, o que me parece ser mais claro ainda. E ainda mais claro é que, se não tentarmos, jamais saberemos. Na minha vida, luto para não sucumbir ao reforço negativo. Tento muito vencer os meus medos e lutar pelo bem que almejo, ao invés de lutar para evitar o mal que temo. Penso estar fazendo isso aqui, agora.

7) A nova associação pretende tomar frente na certificação do Analista do Comportamento individualmente ou, ainda, em conjunto com a ABPMC?

Mais uma vez, você me pergunta algo que só poderá ser respondido pelo corpo pleno da ACBr. Posso falar por mim. É público meu interesse nesta questão da certificação. Tenho estudado isto com grande interesse. Exatamente por isso, talvez esteja sensibilizado pelas tremendas dificuldades que este tema envolve. Mas meu posicionamento pessoal não é tão importante. Sou somente um membro das comunidades às quais me afiliei. Penso que aqueles que têm alguma posição bem delineada, algum convencimento sobre o tema, devem, como membros da associação, lutar pela prevalência das suas posições, contra ou a favor. Esse embate é legítimo e necessário. Eu lutarei pela minha. 

8) Já existem propostas sobre como a associação deverá lidar com problemáticas como a necessidade de melhoria na qualidade da formação em Análise do Comportamento em Cursos de Graduação, a criação de condições que favoreçam ao aplicador atuar conforme o rigor conceitual e tecnológico desejado ou, ainda, outras que possam surgir? Se sim, quais são? 

Novamente, uma questão para o corpo pleno da ACBr. Pessoalmente, reconheço as problemáticas que você levanta e tenho meus posicionamentos sobre elas. E um mundo de ideias a oferecer e discutir. Eu e, provavelmente, mais uns mil colegas, imagino. 

9) O que de fato já está definido sobre nova associação?

O que está claramente exposto na carta-convite. Será formada uma comissão provisória que terá a missão de viabilizar legalmente a constituição da associação, que consiste basicamente em elaborar um estatuto e fazer o seu registro legal. Essa comissão será automaticamente dissolvida ao término do seu trabalho. Feito isso, será enviada a todos aqueles que se manifestaram positivamente, registrando sua pré-adesão, uma correspondência convidando-os a tomar conhecimento do estatuto preliminar e condições iniciais e, se desejarem, fazer sua afiliação formal.

Relendo suas perguntas e as respostas que pude dar a elas, ocorre-me que as perguntas sugerem existir a ideia de que existiria um plano pronto para a ACBr. Singelamente, mas não há. Há um propósito e um desejo longamente acalentado por boa parte de nós que, pensamos, podemos agora tornar real. 

O que trará a ACBr somente o futuro poderá desvelar. Se aplicarmos a nós mesmos o que ensina a nossa ciência, se construirmos um ambiente produtivo e reforçador, se as contingências forem de fato favoráveis, como pensamos que são, se as discriminarmos e respondermos a elas adequadamente, provavelmente teremos sucesso. Se não, então não. 

10) Porque o endereço de e-mail que consta na consulta sobre o interesse na ACBr contem a sigla “aba” (acbr_aba)? Pretende-se algum tipo de afiliação da ACBr à ABAI?

Ah, isso! É que lá estava eu, tentando criar o grupo no Yahoo que pudesse recolher o interesse dos colegas. Quando o programa pediu que escolhesse o nome de usuário para o grupo, tentei ACBr. Já existia. Depois tentei uma sequência de variações. O programa não deixava prosseguir. Nome de usuário já ocupado. Pensei então na solução do underline. Escrevi acbr_ e imediatamente pensei em aba. Tem a ver, afinal. Aí o programa aceitou.

sábado, 3 de agosto de 2013

Mais um capítulo: Resposta de Roosevelt ao Hélio

Segue a resposta do prof. Roosevelt Starling ao prof. Hélio Guilhardi:

Meu caro Hélio,

Como este é o primeiro e-mail sobre a proposta da ACBr que recebo diretamente como destinatário e pela admiração, respeito e reconhecimento que tenho para com você, apresento algumas observações à sua comunicação.

Não sei se você sabe que estou dentre os proponentes iniciais desta ideia (e, por favor, observe, ao contrário do que você parece ter entendido, João Claudio Todorov tem dado um suporteinequívocamente favorável à fundação dessa associação).

Mas acredito que saiba que esta é uma proposição que defendo publicamente há décadas. Tenho este convencimento comigo, Hélio e, portanto, aceito muito bem o seu próprio convencimento, ainda que, neste caso (e momentaneamente, espero) numa direção oposta. É assim mesmo. É através desse tipo de situação que avançamos.

Agradeço, em primeiro lugar, sua atenção e sensibilidade ao observar que sim, tivemos cautela: fizemos uma consulta. Em primeiro lugar porque é uma comunidade à qual pertencemos há décadas e em segundo porque boa parte desta comunidade é composta de pessoas que se tornaram queridas e admiradas ao longo dos anos.

Não caberia discutir convencimentos. Convencimentos se aceitam, se respeitam. No entanto, existe na sua fala e na fala contra de alguns outros colegas alguns pontos que me parecem estar equivocados ou, eventualmente, mal informados (e aqui talvez a falha seja nossa, mas vamos corrigir isso).

Uma pequena observação antes de entrar nos pontos mais substantivos que desejo expor: subscrevo, linha por linha, sua posição quanto à desejabilidade da variabilidade comportamental e a inclusão de analistas do comportamento de todos os matizes no processo seletivo das nossas práticas verbais.

Hélio, não sei como isso parece ir se transformando em algo que nada tem a ver com a nossa ideia, pelo menos tal qual a concebemos. Parece que vai se transformando numa oposição entre a ABPMC e a proposta ACBr. Ser a favor de uma, parece, seria ser contra a outra. Vão se emaranhando aí a complexidade das histórias pessoais e das contingências particulares em ação neste momento. Este é o primeiro equívoco, Hélio. Afianço a você que a nossa organização numa associação analítico-comportamental, assim claramente definida, não enfraquece a ABPMC de forma alguma. Não é como se propusesse ou se convidasse os analistas do comportamento para migrar para a ACBr deixando a ABPMC. Nem se parece com isso. Nem, na ideia que cultivamos, a ACBr competiria com a ABPMC por qualquer forma concebível.

O que me leva a comentar o que me parece ser o segundo equívoco da sua comunicação. O equivoco seu que vejo, Hélio, é que a ABPMC não é uma associação de analistas de comportamento, tal como me pareceu estar implicado na sua fala. A ABPMC é uma associação mista, por concepção e organização estatutária, e nela convivemos – e muito bem, diga-se – com colegas cognitivistas, cognitivo-comportamentais e, mais recentemente, com colegas contextualistas e insisto em que não podemos passar por cima disso, tratando a ABPMC como se fosse uma exclusividade nossa, desconsiderando este caráter generalista que, desde o início, está claro e bem marcado nas nossas programações e publicações. Afinal, sim, a ABPMC tem uma história que todos nós construímos e, acredito, queremos manter. E esta é a história que tem: uma associação mista e aberta às diversas práticas verbais. 

Ocorre que, como você bem sabe, temos problemas e desideratos que são particulares da nossa ciência, dos nossos interesses e que não podemos esperar ou demandar sejam tratados e conduzidos no seio da ABPMC. E nem poderíamos – e nem seria nosso desejo, acredito, convidar os colegas que aderem a outros modelos, a outras práticas verbais, a abandonar a ABPMC. Isso sim, a enfraqueceria! E a negaria fundamentalmente, tal como foi constituída e como vem operando ao longo de todos estes anos (e este estado das coisas aparentemente nos agrada, pois nenhum de nós a abandonou e, a que eu saiba, nem pretende abandoná-la, não é mesmo?).

O que desejamos é então que tenhamos uma associação paralela analítico-comportamental – e na qual sim, é claro, desejamos variabilidade comportamental e damos boas vindas a todos os matizes calcados nas práticas verbais analítico-comportamentais – na qual possamos tratar e encaminhar os interesses exclusivos e particulares da nossa comunidade. Somente para citar alguns: a discussão e integração mais aprofundada de todos os interesses que compõem nossa matriz cultural – pesquisa básica, aplicada, clínica, behaviorismo radical – a problemática que se propõe com a seleção do coloquialmente chamado “tratamento ABA” do autismo e aquele que você mesmo cita, qual seja o cuidado com o ensino e formação de analistas do comportamento. A meu ver, essa problemática é nossa, Hélio, e os demais colegas de outras práticas verbais não estão interessados nela, como é justo que não estejam.

Praticamente todas as demais abordagens da psicologia brasileira tem a sua associação própria, Hélio, como também as tem até mesmo particularidades da prática psicológica, tais como a Associação Brasileira de Psicologia do Desenvolvimento, Associação Brasileira de Psicologia do Trânsito, Associação Brasileira de Psicologia do Esporte, etc. Ninguém jamais perdeu com isso. Isso é vigor, é riqueza. Você mesmo reconhece isso implicitamente, ao montar com o seu grupo sua própria e bem-sucedida estrutura de formação particularizada e eventos maiores relacionados (E, no que me diz respeito, está muito bem e recebe meu aplauso e admiração). Francamente, não vejo como uma Associação Brasileira de Análise do Comportamento possa diminuir ou subtrair seja lá do que for. A meu ver, somente enriquece ainda mais a boa convivência da diversidade.

Como disse acima, convencimentos se aceitam, se respeitam. Exponho aqui o meu convencimento e enfaticamente convido você a reconsiderar e a se unir a nós nesta empreitada. Sinceramente, tal como eu vejo a sua história e de outros colegas, nesta proposição esperaria vocês como membros fundadores e entusiastas da associação. Mas, repito, convencimento é convencimento.

Mantenho-me a sua inteira disposição, e dos demais colegas, para conversar sobre este meu convencimento e, com transparência, prometo fazer o meu melhor para que você e os demais possam ver a ACBr com um novo olhar, fortalecendo todos nós e em nada subtraindo nem da ABPMC nem de qualquer outra associação da qual sejamos também afiliados.

Por outro lado, os diversos e ricos posicionamentos que estamos vendo sobre esta questão mostram que esta proposição nos incomodou, enquanto grupo. Como vejo, incomodou porque desacomodou o que estava acomodado. Nada mais saudável e tenho a certeza de que, seja lá qual for o fim disso, num ponto concordaremos: somente por este fato, já valeu.

Meu abraço. 

Roosevelt 
(Via Diogo Chagas)

sexta-feira, 2 de agosto de 2013

Resposta de Hélio Guilhardi a Roberto Banaco

O Facebook oficial do Instituto de Terapia por Contingências de Reforçamento (ITCR) acabou de postar a resposta de Hélio Guilhardi ao Roberto Banaco, segue abaixo:

Estimado Roberto,

Li, com alguma surpresa, o último parágrafo de sua análise sobre a proposta de se criar uma ACBr. Minha análise do documento no qual você teceu comentários esclarecedores sobre a criação da ACBr, é positiva. Em conclusão, concordo com sua tese central, o que explicitamente reafirmo em meu pronunciamento (em anexo).
Sou mais otimista que você ao reconhecer que 700 inscrições na ABPMC, já confirmadas no início de agosto, configura-se como um sucesso de público, considerando que ainda há tempo para mais inscrições, as quais normalmente se avolumam com a aproximação da data do evento. Há que lembrar, ainda, que o Encontro ocorre em local distante dos maiores centros de aglutinação de profissionais da Psicologia. Acho que a Diretoria atual – presidida por João Ilo – já é vencedora.
Considerei prematura e sem sustentação empírica sua interpretação de que o Congresso que realizei com a Patrícia em Campinas, em maio (pelo menos quatro meses antes da data do Encontro da ABPMC) – evento no qual ativamente colaboramos para a divulgação do Encontro de Fortaleza – seja responsável pela baixa adesão de estudantes e profissionais de Campinas e região. Provavelmente, muitas outras regiões – se houvesse interesse em fazer estatísticas semelhantes à que você fez – também teriam baixa adesão. Se for relevante, deveríamos nos aplicar em pesquisar os determinantes de participantes se inscreverem ou deixarem de se inscrever no Encontro de Fortaleza.
O evento de Campinas não foi o único – refiro-me a Jornadas, Cursos, Eventos etc. – que ocorreram no primeiro semestre, em cidades como Curitiba, Jundiaí, São Carlos etc.
Entendo que suas preocupações com o sucesso da ABPMC em Fortaleza (que, felizmente, parecem infundadas), bem como com o fracionamento dos analistas de comportamento em pequenos grupos e consequente enfraquecimento da ABPMC (o que – tanto quanto você – não desejo que ocorra), tenham induzido você a identificar possíveis perigos. Gostaria que você se tranquilizasse com um compromisso nosso: não atuamos para enfraquecer o que existe de bom e para o bem da Análise do Comportamento. Apenas queremos, ativamente, participar do crescimento do movimento comportamental no Brasil.

Um abraço do
Hélio

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Respostas à proposta de criação da ACBr

Dois dos maiores comportamentalistas do nosso país se posicionaram com relação à possível criação da Associação Brasileira de Análise do Comportamento (que eu postei aqui): Hélio J. Guilhardi e Roberto A. Banaco. Seguem abaixo as cartas de ambos:

Carta de Hélio Guilhardi (ITCR)

ACBr:
Prezados colegas,
Recebi o texto sobre a proposta de criar uma ACBr.
Tenho ficado preocupado essencialmente com o que vem ocorrendo com o ensino da Análise do Comportamento nos cursos de Psicologia do Brasil. Nossos alunos de graduação estão progressivamente mais privados de acesso ao que pessoalmente considero como o que há de melhor na Psicologia contemporânea. Este tema tem tirado meu sossego. O que poderia ser feito para reintroduzir, de forma séria, sistemática e continuada, o ensino da Ciência do Comportamento, do Behaviorismo Radical, de atitudes de ciência e pesquisa, bem como as múltiplas aplicações da Análise do Comportamento em benefício da população a quem, nós psicólogos, oferecemos serviços em clínica, em educação, em organizações, em agências sociais etc.
Honestamente, criar uma nova Associação não é uma alternativa oportuna. Concordo com as posições do João Cláudio Todorov e do Roberto Banaco (foram as que me chegaram às mãos), que não veem nessa iniciativa solução para a evolução da Análise do Comportamento e das múltiplas alternativas de ação aplicada no contexto brasileiro.
Defendo fortalecer a ABPMC como entidade representativa do grupo de analistas comportamentais de todos os matizes – o que a consolida como uma notável instituição democrática e aberta à exposição de variabilidade comportamental. Repito o que já é sabido por todos: a ABPMC pode acolher, como vem fazendo, eventos de todos os analistas de comportamento. Se representar um avanço (alternativa a ser melhor avaliada), a Diretoria da ABPMC pode estudar a formalização de diferentes grupos de trabalho, de organizações de eventos próprios dentro do âmbito da ABPMC.
A existência de grupos com diferentes nuances conceituais e de práticas de atuação distintas, a ocorrência de eventos científicos, tais como Jornadas, Cursos, Encontros etc. – pode-se, inclusive, destacar com orgulho a quantidade de Jornadas de Análise de Comportamento quem vêm se multiplicando pelo Brasil – não tem que significar, necessariamente, divisão de esforços, desde que seja mantida uma organização aglutinadora. A ABPMC pode – e tem sido assim – manter a unidade, respeitando a variabilidade e, desta forma, permanecer como tal entidade aglutinadora.
Prefiro acreditar que a ideia de se criar uma nova Associação – e quem tomou esta iniciativa, o fez com cautela, consultando a comunidade – tem por objetivo criar um instrumento de fortalecimento, não de divisão. Não obstante ter esta interpretação, mantenho minha posição de que não é uma iniciativa oportuna e pode ser mais prejudicial que construtiva.
Abraços, Hélio.

Carta de Roberto Banaco (Núcleo Paradigma)

Prezados...

(1) "Até a presente data, não temos uma representação social própria."

Discordo, porque há 22 anos temos nos abrigado na ABPMC, que tem nos representado junto a várias comunidades, desde a SBP, a SBPC e a própria ABA. Já aconteceram tentativas anteriores de que tivéssemos uma representação própria, por exemplo, fundando, aqui no Brasil, um capítulo da ABA (achei na época, e continuo achando, um movimento duvidoso já que se argumentava uma representação própria, como um capítulo de uma instituição americana. Mesmo assim, gostaria de lembrá-los que a própria ABPMC foi bastante e suficiente para abrigar a ABAi do ano de 2004, em Campinas).

(2) "Este estado das coisas não foi, todavia, empecilho para que experimentássemos um extraordinário crescimento nas últimas décadas. Extraordinário não porque nosso número seja grande hoje, mas porque partimos de um número muito pequeno, exatamente daqueles poucos brilhantes e dedicados estudantes que, na década de 70, buscaram fora do nosso país sua primeira formação na Análise do Comportamento e no Behaviorismo Radical e que trouxeram para o nosso país o saudoso Prof. Fred Keller, formando então o berço da nossa ciência no Brasil."

Resposta: Concordo em gênero, número e grau. Inclusive o fato de não sermos ainda um numero muito grande, embora sejamos há algum tempo a maior comunidade de analistas do comportamento fora dos EUA (Morris, E. K.; Baer, D. M.; Favell, J. E.; Glenn, S. S.; Hineline, P. N.; Mallot, M. E.; Michael, J. (2001) Some reflections on 25 years of Association for Behavior Analysis: past, present and future. The Behavior Analyst, 24, 125-146.)

.

(3) "Sabemos que hoje nós, os interessados na Ciência do Comportamento, somos bem mais do que aqueles poucos pioneiros, mas o fato é que não sabemos ao certo quantos somos, não conhecemos ao certo nosso peso, não conhecemos ao certo nosso potencial e, assim, não conhecemos também a quais contingências deveríamos atentar, responder ou dispor para que possamos avançar na construção de um sólida representação analítico-comportamental no nosso país. Noutras palavras, ainda não conseguimos nos organizar e nos agregar para promovermos com especificidade o avanço da nossa ciência."

Resposta: Concordo também com isto, até porque não sabemos sequer definir (para podermos depois contar e em seguida podermos contar com eles) o que é um analista do comportamento e esta talvez seja a origem da preocupação de vocês, já debatida também na reunião em território neutro. Mesmo que desenvolvamos critérios para estabelecermos a definição, saímos com a impressão de que os critérios para esse senso e essa classificação se mostraria sensível a críticas, como qualquer uma que venha a surgir. Não acredito, no entanto, que devamos nos furtar a fazê-la. Só não acho que a fundação de uma nova associação contornará o problema.

(4) "Nos últimos 22 anos temos nos abrigado na ABPMC, Associação Brasileira de Psicologia e Medicina Comportamental, uma associação de vocação eclética, como indica a sua própria denominação e estatuto. Vinte e dois anos é um tempo considerável. Neste período, assistimos colegas interessados noutros modelos, noutros quadros referenciais, desejarem formar suas próprias associações, na busca de condições mais específicas e mais propícias para o seu desenvolvimento. Tal foi o caso, por exemplo, dos colegas cognitivistas, que fundaram a SBTC. Boa parte de nós viu com aprovação este movimento, entendendo como justa a sua busca de uma identidade inequívoca e de uma representação própria, no momento em que tiveram o número suficiente de interessados para isso."

Resposta: Isto também FOI verdade... mas desde a reunião fatídica de 2004, na qual assisti aterrorizado a declaração, em cerimônia de encerramento da reunião, que estávamos finalmente expurgando os cognitivistas da ABPMC (com o requinte cruel de ter Bernard Rangé na mesa de cerimônia), isto deixou de representar a realidade. Eles, os cognitivistas não desejaram fundar suas associações... eles foram convidados por declarações desse tipo a se retirarem. Gradativamente, como vocês apontaram, os cognitivistas foram saindo da associação (um duro golpe para a instituição em si, que, exatamente por sermos poucos, lutava para agregar o maior numero de profissionais que pudessem partilhar de alguma crença). Sobrou a “grande massa” de analistas do comportamento, e algum ou outro cognitivista desavisado de que ele não era mais bem vindo entre nós.

Ainda quanto ao ecletismo, lembro-me da fundação da ABPMC, em época na qual a ABAC, (que já havia substituído a AMC por força e recomendação da Profa. Carolina que exigia o “Brasileira” no título de nossa congregação) havia sido extinta por condições que estamos re-vivendo: ninguém, que tenha força ou representatividade política, ou conhecimento do funcionamento da instituição quis tocá-la para a frente, ficando a diretoria da época (da qual eu fiz parte), com uma associação ingovernável. Acabou “no ar”...

Foi então que Bernard Rangé reuniu-se com Hélio e Ricardo Gorayeb e fundaram a ABPMC: com a palavra “psico-terapia” para satisfazer a Rangé, sem a palavra “cognitivo” para acalmar o Hélio e com a “Medicina” para contemplar Ricardo, aliás palavra que vem nos assombrando há anos, por conta inclusive de Atos Médicos... Esta foi a origem do ecletismo...

Uma associação de terapeutas comportamentais (como nos chamávamos na época) foi então fundada, e or 22 anos... é um tempo considerável para sentirmos falta agora de uma associação que “nos represente”, como se a ABPMC não tivesse feito isso este tempo todo...

(5) "Alguns de nós acreditamos que este momento também tenha chegado para nós. Temos agora o número suficiente (qual é o número mesmo? Achei que não sabíamos ali em cima) e mais do que isso: acreditamos que precisamos, com rapidez, aproximar ainda mais os colegas da clínica analítico-comportamental, da pesquisa básica e aplicada e demais aplicações analítico-comportamentais no bojo de uma associação integralmente voltada para o estudo, promoção e disseminação da nossa matriz cultural. Pensamos também que , nas diversas instâncias e situações de interesse específico e especializado da nossa ciência, não nos ajuda adiar a constituição de uma representação social e que possa falar por todos nós com a legitimidade que decorre da asserção pública e clara das nossas singularidades enquanto comunidade verbal científica naturalística."

Resposta: Sob a regência do Hélio, passaram a conviver na ABPMC os terapeutas analítico-comportamentais, os pesquisadores básicos e aplicados, órfãos de uma associação que lhes abrigasse desde a extinção da ABAC. A ABPMC deu-lhes o fórum e a importância devida, promovendo não só a participação conjunta em seus Encontros Anuais (a maior parte das vezes como convidados especiais), mas também oferecendo-lhes meio de comunicação enquanto comunidade verbal por meio das suas Coleções (Comportamento e Cognição, e sua substituta, o Comportamento em foco), bem como a Revista Brasileira de Terapia Comportamental e Cognitiva (lançada ainda antes de 2004, por essa razão ainda mantém o “cognitiva” no seu título), e as outras publicações paralelas pela Arbytes. Mais do que isto, na última diretoria, encabeçada pela prÍ pria Martha, alteramos o nome da ABPMC para Associação Brasileira de PSICOLOGIA e Medicina Comportamental, exatamente por avaliarmos que esse convívio já estava estabelecido.



(6) Estamos, assim, lançando o convite para a fundação da Associação Brasileira de Análise do Comportamento, ACBr, e convidando o/a colega vir caminhar conosco. Criamos um grupo no Yahoogroups (http://tech.groups.yahoo.com/group/acbr_aba) com a finalidade única de registrar sua pré-adesão. Evidentemente, a pré-adesão em nada obriga àquele/a que a fizer. Somente confirma o seu interesse preliminar e nos autoriza, oportunamente, enviarmos uma comunicação convidando você a se informar melhor e formalizar a sua adesão, caso ainda seja do seu interesse.

Resposta: O que quer dizer esse underline aba???? ACBr já não bastava? Ou estamos revivendo a capitulização da Análise do Comportamento Brasil junto à ABAi?


(7) "Como registrar o seu interesse: simplesmente envie um e-mail em branco endereçado para:acbr_aba-subscribe@yahoogroups.com ou siga este link (por favor, observe o “underline”: acbr_aba...etc.). A seguir, o Yahoogroups lhe enviará um e-mail solicitando que confirme a sua inscrição. Para fazer isso, simplesmente clique em “responder” e envie. Pronto! Você receberá um e-mail avisando-o/a do seu registro e já será um membro (ou, neste caso, já terá expressado seu interesse). Por favor, verifique seu lixo eletrônico. O e-mail pedindo confirmação pode ter ido para lá. Siga o link e junte as suas forças às da sua comunidade verbal. Esperamos e desejamos ter você junto conosco."

Resposta: Por que não juntarmos as forças de vocês às da comunidade verbal que já nos agrega há 22 anos?

(8) "Uma nota importante: como ficaria nossa relação com a ABPMC? Uma resposta definitiva a esta questão só poderá ser dada, por um lado, pelo corpo da ACBr ainda a ser constituído e, por outro, pela própria ABPMC."

Resposta: Até onde estou ciente, a ABPMC ainda não sabe sobre esta proposta! (ou não sabia quando a proposta foi encaminhada e amplamente divulgada)

(9) "Da maneira como vemos, pertencer a uma associação não exclui pertencer a qualquer outra que se deseje. As especificidades se referem às práticas verbais e à ação profissional e não às pessoas; poliglotas existem e coexistem. O que preliminarmente desejaríamos seria uma associação irmã da ABPMC, que poderia perfeitamente, pensamos, realizar seu encontro anual no mesmo tempo e local da ABPMC, embora com programa paralelo. As demais ações da ACBr, no sentido de avançar para uma profissionalização própria e de assegurar sua representatividade social plena provavelmente seguirão caminhos próprios."

Por favor, convençam-me que isto não tem a ver com a futura certificação que discutimos longamente em território neutro, na casa da Maly e que havíamos acordado entre nós que seria da alçada da ABPMC, em comissão a ser constituída... Terei perdido o bonde?
Vocês sabem o quanto eu os respeito... Por isso queria que soubessem por que, em princípio, sou contrário às conduções propostas... Obviamente se for o desejo da comunidade como um todo, estaremos matando mais uma associação que tem sobrevivido a duras penas e pelo esforço nos últimos anos de pessoas tanto bem intencionadas quanto trabalhadoras pelo bem comum da nossa ciência, que vejo a criação de uma associação desse tipo não como uma associação irmã, mas como uma forte concorrente. Talvez vocês não saibam, mas sempre é bom informar para que vocês tenham a ideia de como nossa comunidade funciona: dos 700 inscritos no próximo Encontro da ABPMC que ocorrerá em Fortaleza, há apenas um inscrito da cidade de Campinas. Eu gostaria de não acreditar nisso, mas não posso deixar de imputar o fato ao congresso que Hélio e Patrícia têm promovido nessa cidade, no primeiro semestre, com a participação de pelo menos 600 pessoas da região! Temo que estejamos, de fato, reproduzindo um fato já conhecido em nossa história... Dividir... novamente... e mais vez, não para governar...