domingo, 4 de agosto de 2013

O motivo pelo qual meu trabalho não foi aceito: um desabafo pessoal.

O meu trabalho intitulado "Algumas inferências teórico-filosóficas skinnerianas sobre Mecanismos de Defesa freudianos" não foi aprovado pela Comissão "científica" do III Encontro Regional de Psicologia que acontecerá no Centro Universitário Cesumar (UniCesumar), em Maringá (Paraná), dos dias 7 a 9 de agosto.
O motivo de ele não ter sido aprovado é que "as análises carecem de fundamentação científica". Eu achei isso estranho, pois apresentei um trabalho de mesmo tema (como vocês podem ver aqui) no I ESBAC e VII EPAC, em Curitiba, na Universidade Positivo. E nesse evento, meu trabalho foi avaliado pela Dra. Carolina Laurenti e APROVADO.
O que me deixa triste e revoltado é que a Comissão científica e meu curso se mostraram mais uma vez tendenciosos e pouco preocupados com o avanço da ciência que a Psicologia quer se tornar. Digo isso, pois a comissão (por isso científica entre aspas acima) é composta por 90% de professores psicanalíticos e não contém ao menos UM professor behaviorista (e a instituição tem analistas do comportamento de alto garbo lecionando).
Desde o primeiro ano da graduação ouço os rumores de como eventos e quaisquer novidades do meio comportamental são boicotados no meu curso. Já sofri perseguição em algumas disciplinas por ser declaradamente Behaviorista Radical. Skinneriano (isso não é uma "mania de perseguição". Muitas outras pessoas da minha sala perceberam a hostilidade dos professores em relação a mim).
Há muita coisa podre no meu curso (que eu não estou revelando aqui) e eu provavelmente vou encarar eventos muito aversivos por estar escrevendo isso aqui, caso alguém "da casa" de lá leia essa postagem. Mas chega de máscaras. Eu defendo a Análise do Comportamento, eu defendo a teoria skinneriana com todo meu coração, se me permitem o tato metafórico. O que é mais sério é que eu não sou palhaço e se me permitem me revelar: eu simplesmente detesto que subestimem minha inteligência.



Pela primeira vez pensei em mudar de instituição. Pedir transferência para a Universidade Estadual de Londrina seria uma ótima possibilidade. Entretanto, já estou no 4º ano e cursando a Pós-Graduação em Análise do Comportamento. Provavelmente me mudariam de ano e perderia o direito à pós. Não vale mais a pena.
Eu quero pedir desculpas aos eventuais leitores do blog porque essa postagem, acima de todas as outras, é inteiramente PESSOAL. Chega a ser um desabafo mesmo. Eu só consigo lamentar por uma instituição que tem uma estrutura física tão boa e invejada tenha um curso que se porte de maneira tão tendenciosa e contraproducente em relação aos saberes científicos (que não lhes interessam, obviamente). Enfim. São só mais quatro meses e os estágios do ano que vem. Vamos seguir firmes!

Uma das coisas mais lindas e valiosas que Skinner nos ensinou é a humildade. É uma pena que muitos profissionais (e até mesmo estudantes. E até mesmo estudantes behavioristas, o que me deixa mais triste...) não a tenham.

Minha luta pelo fortalecimento da Análise do Comportamento e da teoria skinneriana no Brasil não termina aqui. Seguirei os passos dos grandes. E espero um dia ter apenas metade do tamanho deles (se me permitem outros tatos metafóricos!). Lutarei com todas as minhas forças pelo que eu acredito e amo: a ciência do comportamento.

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