Estimado Roberto,
Li, com alguma surpresa, o último parágrafo de sua análise sobre a proposta de se criar uma ACBr. Minha análise do documento no qual você teceu comentários esclarecedores sobre a criação da ACBr, é positiva. Em conclusão, concordo com sua tese central, o que explicitamente reafirmo em meu pronunciamento (em anexo).
Sou mais otimista que você ao reconhecer que 700 inscrições na ABPMC, já confirmadas no início de agosto, configura-se como um sucesso de público, considerando que ainda há tempo para mais inscrições, as quais normalmente se avolumam com a aproximação da data do evento. Há que lembrar, ainda, que o Encontro ocorre em local distante dos maiores centros de aglutinação de profissionais da Psicologia. Acho que a Diretoria atual – presidida por João Ilo – já é vencedora.
Considerei prematura e sem sustentação empírica sua interpretação de que o Congresso que realizei com a Patrícia em Campinas, em maio (pelo menos quatro meses antes da data do Encontro da ABPMC) – evento no qual ativamente colaboramos para a divulgação do Encontro de Fortaleza – seja responsável pela baixa adesão de estudantes e profissionais de Campinas e região. Provavelmente, muitas outras regiões – se houvesse interesse em fazer estatísticas semelhantes à que você fez – também teriam baixa adesão. Se for relevante, deveríamos nos aplicar em pesquisar os determinantes de participantes se inscreverem ou deixarem de se inscrever no Encontro de Fortaleza.
O evento de Campinas não foi o único – refiro-me a Jornadas, Cursos, Eventos etc. – que ocorreram no primeiro semestre, em cidades como Curitiba, Jundiaí, São Carlos etc.
Entendo que suas preocupações com o sucesso da ABPMC em Fortaleza (que, felizmente, parecem infundadas), bem como com o fracionamento dos analistas de comportamento em pequenos grupos e consequente enfraquecimento da ABPMC (o que – tanto quanto você – não desejo que ocorra), tenham induzido você a identificar possíveis perigos. Gostaria que você se tranquilizasse com um compromisso nosso: não atuamos para enfraquecer o que existe de bom e para o bem da Análise do Comportamento. Apenas queremos, ativamente, participar do crescimento do movimento comportamental no Brasil.
Um abraço do
Hélio
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