Bom, é fim de semana e além de estudar, me distraí fazendo uma análise (superficial) de um poema do Augusto dos Anjos. O poema é O Morcego.
Meia-noite. Ao meu quarto me recolho.
(Tato) (autoclítico/tato)
Meu Deus! E este morcego! E, agora, vede:
(autoclítico) (mando)
Na bruta ardência orgânica da sede,
(autoclítico)
Morde-me a goela ígneo e escaldante molho.
(tato metafórico)
"Vou mandar levantar outra parede..."
(tato)
- Digo. Ergo-me a tremer. Fecho o ferrolho
(tato)
E olho o tecto. E vejo-o ainda, igual a um olho,
(tato metafórico)
Circularmente sobre a minha rede!
(autoclítico/tato)
Pego de um pau. Esforço faço. Chego
(tato)
A tocá-lo. Minh'alma se concentra.
(tato) (tato metafórico)
Que ventre produziu tão feio parto?!
(mando)
A Consciência Humana é este morcego!
(tato metafórico)
Por mais que a gente faça, à noite, ele entra
(autoclítico) (tato)
Imperceptivelmente em nosso quarto!
(autoclítico/tato)
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