sábado, 15 de junho de 2013

O Morcego - Análise Verbal

Bom, é fim de semana e além de estudar, me distraí fazendo uma análise (superficial) de um poema do Augusto dos Anjos. O poema é O Morcego.

Meia-noite. Ao meu quarto me recolho.
     (Tato)             (autoclítico/tato)
Meu Deus! E este morcego! E, agora, vede:
              (autoclítico)                 (mando)
Na bruta ardência orgânica da sede,
                (autoclítico)
Morde-me a goela ígneo e escaldante molho.
                  (tato metafórico)

"Vou mandar levantar outra parede..."
                       (tato) 
- Digo. Ergo-me a tremer. Fecho o ferrolho
                            (tato) 
E olho o tecto. E vejo-o ainda, igual a um olho,
                      (tato metafórico)
Circularmente sobre a minha rede!
              (autoclítico/tato)

Pego de um pau. Esforço faço. Chego
                         (tato)
A tocá-lo. Minh'alma se concentra.
    (tato)          (tato metafórico)
Que ventre produziu tão feio parto?!
                     (mando)

A Consciência Humana é este morcego!
                   (tato metafórico)
Por mais que a gente faça, à noite, ele entra
                (autoclítico)                      (tato)
Imperceptivelmente em nosso quarto!
                  (autoclítico/tato)

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